As opiniões de Carlos Alberto Parreira (Treinador da Selecção Brasileira nos Mundiais de 1994 e 2006) em 2005 demonstram que os seus ideais de conquista assentam em vários factores, que passam pelos talentos individuais, a garra, a vontade, o poder de marcação e a racionalidade. O importante é ganhar e não jogar – bonito. [1] Estas opiniões voltaram a ser partilhadas por Dunga, no Mundial de 2010, que mais uma vez crítica a Selecção de 1982, utilizando expressões em que realça a importância de ganhar em detrimento da espectacularidade do jogo.
Esta constante afirmação de mudança do futebol brasileiro, em sintonia com o futebol mundial demonstra que o futebol arte de 1982 está bem vivo na memória dos brasileiros e dos europeus, cujo renascimento desse estilo e por mais paradoxal e caricato parece ter reencarnado na filosofia de jogo do F.C. de Barcelona e da Selecção de Espanha no Mundial de 2010, ou seja no local onde foi “sepultado” há 28 anos, parecendo contrariar a frase do saudoso Duda Guennes “ Brasil 82, eterna saudade”.
Para terminar quero deixar registado, que depois de 82, a Selecção Brasileira, disputou as sete fases finais seguintes, conquistando dois títulos de Campeão Mundial (1994 e 2002). As selecções vencedoras praticaram um futebol menos ofensivo do que em 1982, mas continuaram a contar (este factor é muito importante) nesses dois Mundiais, com a classe pura de jogadores, como Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, herdeiros dos mais puros clássicos futebolistas brasileiros.
Este artigo, apoiada na bibliografia possível, mas bastante elucidativa, bem como na minha própria memória individual procurou demonstrar que o futebol não é apenas um jogo colectivo, mas também uma fonte onde as memórias colectivas se podem saciar. Expresso, como “remate final” e como justificação final deste tema que apesar da memória colectiva ser pródiga em manter e comemorar acontecimentos que enaltecem o grupo ou a sociedade, não deixa de ser relevante o facto de uma selecção derrotada ficar registada nas suas recordações, num misto de frustração e saudosismo.
[1] http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/1153/115316963008.pdf
Esta constante afirmação de mudança do futebol brasileiro, em sintonia com o futebol mundial demonstra que o futebol arte de 1982 está bem vivo na memória dos brasileiros e dos europeus, cujo renascimento desse estilo e por mais paradoxal e caricato parece ter reencarnado na filosofia de jogo do F.C. de Barcelona e da Selecção de Espanha no Mundial de 2010, ou seja no local onde foi “sepultado” há 28 anos, parecendo contrariar a frase do saudoso Duda Guennes “ Brasil 82, eterna saudade”.
Para terminar quero deixar registado, que depois de 82, a Selecção Brasileira, disputou as sete fases finais seguintes, conquistando dois títulos de Campeão Mundial (1994 e 2002). As selecções vencedoras praticaram um futebol menos ofensivo do que em 1982, mas continuaram a contar (este factor é muito importante) nesses dois Mundiais, com a classe pura de jogadores, como Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, herdeiros dos mais puros clássicos futebolistas brasileiros.
Este artigo, apoiada na bibliografia possível, mas bastante elucidativa, bem como na minha própria memória individual procurou demonstrar que o futebol não é apenas um jogo colectivo, mas também uma fonte onde as memórias colectivas se podem saciar. Expresso, como “remate final” e como justificação final deste tema que apesar da memória colectiva ser pródiga em manter e comemorar acontecimentos que enaltecem o grupo ou a sociedade, não deixa de ser relevante o facto de uma selecção derrotada ficar registada nas suas recordações, num misto de frustração e saudosismo.
[1] http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/1153/115316963008.pdf